«Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Ajudar "pessoas em situação de pobreza", deve ser sempre um remédio provisório. O verdadeiro objectivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho» Laudato Si: página 88.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Último fôlego no Réveillon 2017 na Entrada Novo Ano Vicentino!


No virar do último dia do ano no calendário Gregoriano (adotado pelo Papa Gregório XIII a 24 de fevereiro 1582), pela bula Inter-gravíssimas, veio substituir o calendário Juliano implementado por Júlio César em 46 a.C., vamos celebrar a que chamamos o “Réveillon”, no verbo significa “despertar”, queria convidar-vos a fazer uma retrospetiva do ano 2017 que passou e que pode ajudar-nos fazer uma reflexão mais séria, para o nosso “despertar” às ações vicentinas de um novo ano agora que se inicia.
Analisemos o Ano 2017:
«Ser Líder» - Como analisamos a nossa capacidade de liderar um grupo de confrades/vicentinos, na Regra é-nos pedidos no Compromisso exemplos; dedicação, saber ouvir, aconselhamento, dar respostas. O que nos anima a colocar sempre dois passos à frente do grupo de vicentinos de distância que lideramos? Daremos esse testemunho de ação vicentina de sermos os primeiros ao serviço como servos!...
«Reuniões» - Como analisamos, as reuniões de Conferência será que somos assíduos e que participamos ativamente disponibilizando-nos ao “Sim” ou colocamos o nosso “Não” a tudo que nos é solicitado, qual a importância dada neste sentido!...
«Carisma» - Faz sentido, na nossa Missão junto dos nossos melhores-amigos chamamos à nossa sede por sistema e/ou vamos fazer a nossa visita domiciliaria, que importância tem para o vicentino a forma que S. Vicente de Paulo e Frederico Ozanam nos deixou como um dos principios do vicentino!...
«Evangelizar» - Que modo nos apressamos aperfeiçoar a nossa Fé, quando nos é facilitado anunciar e deixar a nossa marca de Cristãos, convidando os nossos-amigos a assistirem à Eucaristia, dizendo que está lá, a presença de Jesus. Não será talvez a forma mais fácil de manifestação de fé que temos com eles deixar um convite!...
«Nossa Voz» -  Como participamos nos encontros programados dos conselhos com a nossa opinião e sentido critico, denunciando no necessário, colaborando também com a entidades do estado; (JF, CM, SCML-P, Cáritas) e também com a Igreja, porque temos demasiado receios expor as necessidades no sentido que os mais idosos continuam a não ter um lar onde passar os seus tempos, que (só Deus sabe por quanto tempo), analisando com todos incluindo a igreja, que ainda existem muitos imoveis disponíveis poderem ser utilizados!...
Será que o nosso silêncio é mais forte que a nossa palavra, será que a nossa palavra é menos forte por quem não tem voz! Será que nos sentimos comprometidos?...

«Dar e Receber» - Por fim partilhando algumas frases deixadas do Presidente C. G. I., o confrade Renato Lima, na sua visita a Portugal, deixou-nos alguns pedidos e recomendações por sua natureza nos pode ajudar nesta reflexão de fim ano, na primeira reunião de conferência. 


Pedidos:

1 – Rezem bastante pela canonização de Ozanam e integrantes da direção do CGI;
2 – Mantenham a unidade dentro da SSVP; e
3 – Sejam sempre muito generosos nas coletas, doações, apelos e campanhas desenvolvidas pelos Conselhos.

Recomendações: 

1 – Tenham uma vida espiritual plena, com a participação da Santa Missa e sacramentos;
2 – Participem ativamente dos eventos vicentinos, promovidas pelas Conferências e pelos Conselhos;
3 – Abram espaços para os jovens e convidem-nos a entrar “numa altura que saem do ensino da catequese e sem grupos onde participar”, demonstrando compromisso com a renovação;
4 – Sigam fielmente a Regra da SSVP, mesmo com todas as imperfeições nela contidas;
5 – Evitem conflitos, vaidade e intrigas, pois esses afastam-nos de Deus;
6 – Defendam os valores da família e do Evangelho, especialmente no momento da visita domiciliária; e
7 – Foquem as vossas energias no que realmente interessa: a promoção dos mais necessitados e a nossa santificação pessoas



BOM ANO NOVO-2018

Fernando Teixeira








dois mil e dezassete 

sábado, 9 de dezembro de 2017

Festa regulamentar 8 Dezembro - Avintes

Em dia de “Solenidade da Imaculada Conceição” recordemos alguns passos como foi instituída a SSVP - 08 dezembro 1835 sobre a protecção da Virgem Maria.

A Virgem Maria foi escolhida sobre proposta como Protetora da Sociedade São Vicente Paulo por Frederico Ozanam em reunião a 4 fevereiro de 1834, sendo acrescentada as três Ave Marias. Na mesma altura sob a presença de outro confrade Le Prevost ter proposto que a SSVP ficasse colocada como Patrono São Vicente de Paulo. As propostas foram aceites.
Estava batizada a Sociedade.

A partir daí a Sociedade ganha a força necessária espiritualmente, para que a assistência aos pobres dessa continuidade do seu caminho. No entanto na Sociedade Vicentina ganha mais adeptos entre elas aparece uma Filha da Caridade que foi o braço direito da SSVP. Como podemos dizer “atrás de um grande homem existe sempre uma grande mulher”. Foi: “Rosália Rendu” uma Filha da Caridade que bebendo do espirito dos fundadores Lazaristas e das Filhas da Caridade, tornando-se um braço direito de Ozanam quando surge a Sociedade S. Vicente Paulo, a quem lhe são pedidos alguns apoios para a obra, fornecendo o primeiro modelo chamadas “senhas” que serviam para recolha de alimentos.

Em boa verdade e antes da existência da Sociedade São Vicente de Paulo propriamente dita, existiu no seio de alguns estudantes universitários em Paris, a qual fazia parte alguns companheiros de Ozanam, a chamada Conferência da História que servia como formação intelectual entre os jovens universitários. Ozanam decidido, inquieto vai organizando no seio da conferência e depois de algumas reuniões havidas entre os seus amigos, “alguns de uma ala de pensamento diferente” de Ozanam a 23 de Abril de 1833 surge a reunião dando os primeiros passos na criação da primeira Conferência da Caridade no número 8 de Rue du Petit Bourbon de Sant-Sulpice. A fundação da Sociedade de São Vicente de Paulo-SSVP é constituída em uma sociedade dedicada à pratica de caridade e oficialmente reconhecida a 8 de dezembro 1835. Na constituição da SSVP, havendo nessa altura já formadas 4 Conferências de Paris e a Conferência de Nimes e constituídas, fazendo parte seis a sete jovens que participavam na Conferência de História, entre outros mais tarde: Emmanuell Bailly, Paul Lamache, François Lallier, Le Taillandier, Jules Davarix, Felix Clave e Frederico Ozanam, começam a dar corpo pela seu carisma de pensamento em SVP, surge então a Sociedade de São Vicente de Paulo, constituída como Sociedade, uma Instituição sem fins lucrativas, o seu único meio de receitas eram as contribuições entre os membros e outros donativos recebidos na altura e no seio de familiares dos membros, alguns certa forma abastados, os seus membros dedicavam o seu tempo à beneficência na praticar da Caridade. 

Como sabemos nesta altura em período de guerra napoleónica a obra teve inicio como «um dos fundadores da SSVP, guia e modelo. É reconhecido que realmente o seu mentor que deu corpo à obra foi depois mais tarde reconhecido como fundador da Sociedade o confrade Frederico Ozanam, que em reunião em conjunto com Emmanuel Bailly como Presidente Geral da Sociedade iria ser escolhido como vice-presidente Le Prevost. 
    
Assim todos os anos como tradição a SSVP em Solenidade da Imaculada Conceição dedicamos minutos em especial à nossa Mãe do Ceu e nossa Protetora em todo o mundo em momentos de vigília em oração e da Eucaristia, os vicentinos reúnem-se neste dia renovam o seu compromisso e outros fazem-no pela primeira vez..

Hoje todos os vicentinos reconhecem que a sociedade (reunião de pessoas unidas pelas suas ideias comuns) não foi obra só de um homem, mas de um conjunto de jovens estudantes pelo menos seis, que deram corpo à sociedade espalhada pelo mundo. 
O vicentino faz o seu caminho ao serviço de Deus e dos Pobres dentro do um compromisso assumido, «Prometo observar fielmente o espirito e os preceitos da Regra da sociedade de São Vicente de Paulo e procurarei dedicar-me ao serviço do próximo, nele vendo sempre o próprio Cristo, segundo os exemplos de Vicente de Paulo e de Frederico Ozanam. Assim Deus me ajude», principalmente na sua comunidade local que é principalmente a sua paróquia, inseridos na Pastoral da Caridade. Uma Conferência pode ser fundada em qualquer lugar que o justifique; Exemplo: comunidade de ciganos, bairro e/ou num grupo de organizado numa fabrica. No entanto deve prestar o serviço na sua comunidade onde são mais conhecidos e por uma questão, também de descentralizada de serviços e meios. Uma Conferência não se deve fechar sobre si mesmo, mas abrir horizontes e em Ir ao encontro dos que têm mais necessidade vendo sempre neles os nossos melhores e mais chegados amigos.
Uma associação como a nossa, é composta de homens, homens que tentam ser melhores, mas não são perfeitos “somos todos pecadores”, mas também, á que saber entender que uma sociedade civil pode não ser só formada por capitais financeiros, mas pode ter e tem, muitos validos, capitais humanos. Falíveis é certo, mas contribuem com o seu valor humano e vão dando corpo e alma à Sociedade Vicentina. 

Depois da solenidade à Virgem Maria ocorrida dias atrás, é tempo de podermos refletir numa altura que se aproxima o Natal, mas também um tempo de reflexão para o novo ano que se aproxima, “é já ao virar da esquina” e pensemos assim:
«Aparecer é diferente de fazer-se presente» e há quem faça sacrifícios da família do seu meio comunitário está presente, mas, não consegue pensar sempre no seu “silêncio”, que mexe com os Afetos de quem faz o esforço. Uma comunidade de família se mede pela sua capacidade do compromisso e todos nunca somos demais para fazer o que ainda não foi feito. Deixemo-nos de pensar demasia no capital financeiro “perdemos demasiado tempo, um dia cá o deixamos e que não seja a falta dele, que impeça fazer ainda muita coisa por fazer, apostemos no capital humano que temos em nós.  
Termino com um pensamento que nos deixou como mensagem pelo nosso bispo do Porto D. António F. dos Santos e um vicentino também:


«Sejamos audazes, criativos e decididos. Sobretudo onde estiverem em causa os frágeis, os pobres e os que sofrem. Os pobres (os melhores-amigos) não podem esperar»